O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, parece estar bem alinhado com às pautas do governo Jair Bolsonaro. Evangélico, membro da Igreja Batista, uma das mais tradicionais do segmento protestante, o oficial da Marinha também é contrário à chamada “ideologia de gênero”.
Decotelli concedeu uma entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, onde falou das suas raízes religiosas, destacando um pouco da sua trajetória.
Ao ser questionado sobre uma das principais bandeiras eleitorais do presidente, que é o combate à ideologia de gênero, o novo ministro ressaltou a sua crença na Bíblia, indicando ser contrário ao tema.
“Eu sou um técnico. Cresci dentro da Primeira Igreja Batista do Rio e sou voltado para as questões da crença neotestamentária do núcleo evangélico tradicional, como as igrejas Batista, Metodista, Presbiteriana”, disse ele, segundo o Gospel Mais.
“Frequentei escola dominical desde dois anos de idade e hoje sou membro da Primeira Igreja Batista de Curitiba. Nas convicções que estão na Bíblia, no Novo Testamento, eu acredito. Uma questão de fé. É assim que procedo na minha vida”, completou.
“Eu vejo uma necessidade didático-pedagógica de nós chegarmos ao século 21 e dizer: ‘Olha, não importa a sua etnia, não importa origem de raça ou de cor, você deve ter sonhos para buscar a sua realidade’. Quando você constrói um pré-conceito, você está bloqueando sonhos, destruindo vidas”, acrescentou.
O novo ministro deu a entender que os indivíduos devem procurar se desprender dos rótulos, buscando enxergar a condição humana de forma mais ampla.
“A minha motivação é que hoje haja inspiração para que no Brasil possamos refletir a autocrítica do que queremos como sociedade. Quanto menor quantidade de preconceito existir, melhor será a construção de oportunidades para que o ser humano se realize, independentemente de ele ter gênero masculino, gênero feminino, que seja negro ou asiático”, disse ele.