A saída do economista Carlos Alberto Decotelli do Ministério da Educação ainda está causando repercussão, mas dessa vez não pelas inconsistências nas informações do seu currículo e sim pela aparente intenção de alguns setores, ou pessoas, de querer sabotar a sua nomeação.
A jornalista Cecília Oliveira, por exemplo, questionou o fato da Fundação Getúlio Vargas ter emitido um comunicado negando que Decotelli tenha sido professor da instituição. Ela publicou a imagem de uma homenagem concedida ao “professor” em nome da FGV.
“A @FGV mentiu. A Fundação disse que Decotelli não foi professor lá, mas a intuição o premiou 6 vezes por reconhecimento a seu trabalho como docente nas turmas de MBA – em todos ele foi chamado de ‘professor'”, escreveu Cecília em sua conta no Twitter.
Outro relato em favor de Decotelli é o de Elizabeth Guedes, irmã do ministro Paulo Guedes, que é presidente de associação de universidades particulares. Ela disse para a Folha que a FGV foi covarde com Decotelli.
Decotelli ficou abalado
O agora ex-ministro da Educação se mostrou abalado pelos ataques que sofreu contra a sua nomeação.
Ele chegou a reconhecer inconsistência em seu currículo, mas disse que outras pessoas também possuem tais problemas e que se fossem “brancas” não haveria tamanha repercussão.
“O fake da FGV destruiu a minha carreira no MEC”, afirmou Decotelli, segundo informações da Época, destacando que precisaria se “reorganizar emocionalmente”. Segundo a coluna de Guilherme Amado, o economista enviou fotos de homenagens recebidas pela própria FGV, tratando-o como “professor”.
“Tão bonito quanto realizar seus próprios sonhos é ajudar os outros a realizarem os seus. Por sua contribuição nessa caminhada, muito obrigado”, diz uma placa de homenagem da turma de Gestão Financeira em 2016. Veja abaixo:
“A @FGV foi covarde. Ele coordena MBA e é professor lá, sim”, disse a Presidente da Associação Nacional das Univ. Particulares, Elizabeth Guedes, que conhece Decotelli há 30 anos, qd o contratou para dar aulas no Ibmec-SP, do qual foi uma das fundadorashttps://t.co/sfeCaMdWPH
— Cecília Olliveira (@Cecillia) July 1, 2020