Apontado por Sérgio Moro como a peça central de uma suposta interferência do presidente da República na Polícia Federal, Maurício Valeixo prestou depoimento e negou que Jair Bolsonaro tivesse agido de maneira antiética ou irregular.
Valeixo pode, assim, ter espalhado o orégano na pizza mais indesejada que Sérgio Moro já encarou. “Para o depoente [Valeixo], a partir do momento em que há uma indicação com interesse sobre uma investigação específica, estaria caracterizada uma interferência política, o que não ocorreu em nenhum momento sob o ponto de vista do depoente”, diz o relatório do depoimento.
O ex-diretor geral da PF, assim, confirma a versão de Bolsonaro sobre os fatos e, indiretamente, frustra seus adversários. O jornalista Rodrigo Constantino avaliou o cenário após o depoimento de Valeixo e a nova linha narrativa adotada pela oposição:
–Esperavam uma bomba de Valeixo e o sujeito afirmou que o presidente teria dito que gostaria de um diretor-geral com quem tivesse “afinidade”, apesar de nada ter contra sua pessoa? É isso mesmo? E o MBLGBT coloca como manchete que Valeixo revelou “novos fatos contra Bolsonaro”?!
Esperavam uma bomba de Valeixo e o sujeito afirmou que o presidente teria dito que gostaria de um diretor-geral com quem tivesse “afinidade”, apesar de nada ter contra sua pessoa? É isso mesmo? E o MBLGBT coloca como manchete que Valeixo revelou “novos fatos contra Bolsonaro”?!
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) May 11, 2020