O Exército Brasileiro emitiu uma nota afirmando que, a partir de agora, deverá “encaminhar às autoridades competentes” os perfis de usuários que fizerem comentários considerados ofensivos e/ou que “incitem o ódio” nas redes sociais, neste caso, contra a própria instituição.
O anúncio faz parte de um documento chamado Política de Moderação nas Redes Sociais, o qual sinaliza uma reação da Força Terrestre diante da avalanche de críticas que os militares vêm sofrendo desde o final das eleições 2022.
Segundo o documento, os internautas que fizerem comentários considerados inapropriados também poderão ser bloqueados pelo Exército. A lista de restrições é longa e, praticamente, engloba quase todo tipo de crítica possível aos militares, dado à subjetividade de alguns termos, como “ódio” e “difamação”.
Serão excluídos pelo Exército comentários que: Usem linguagem inapropriada, obscena, caluniosa, grosseira, abusiva, difamatória, ofensiva ou de qualquer outra forma reprovável; Concretizem apologia a práticas ilícitas;
Incitem o ódio, a violência, o racismo ou façam discriminação de qualquer ordem; Contenham ameaças, assédio, injúria, calúnia ou difamação, ou configurem qualquer outra forma de ilícito penal;
Divulguem conteúdos na forma de spam ou “correntes”; Caracterizem intuito comercial ou publicitário; Estejam repetidas, desde que publicadas pelo mesmo autor; Sejam ininteligíveis ou descontextualizadas; Contenham propagandas político-partidárias;
Manifestações ou opiniões de cunho político ou ideológico; Contenham links suspeitos ou representem ameaça à segurança da informação; Usem informações e imagem de pessoas e instituições indevidamente; Contenham dados pessoais do autor ou de terceiros;
E, por fim, que violem os direitos de imagem e de propriedade intelectual; Sejam fraudulentas ou promovam conteúdo inverídico, segundo informações do jornal O Globo.