A comentarista Ana Paula Henkel utilizou o seu espaço no quadro Oeste sem Filtro, da Revista Oeste, para fazer um desabafo após a morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos réus que estava preso na Papuda, em Brasília, pelos atos de 8 de janeiro. O cidadão de 46 anos morreu na segunda-feira, 20, após sofrer um ataque cardíaco.
Crítica da atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federa, Ana Paula chamou de ilegal a prisão de Cleriston, afirmando que a onda de supostas arbitrariedades cometidas pelos magistrados veio escalando desde 2021, sob a omissão do Congresso.
A comentarista comparou o estado emocional dos réus pelo 8 de janeiro ao das vítimas do grupo terrorista Hamas. Ela lembrou que uma mulher chegou a se ajoelhar ao ver o ministro Alexandre de Moraes, na Papuda, pedindo perdão por ter estado na manifestação.
“Ministros que passaram dez meses chamando cidadãos brasileiros de terroristas, e hoje chamou um ‘terrorista’ de cidadão brasileiro. Por que não chamou de terrorista?”, questionou. “Por que não foi isso o que ouvimos durante dez meses, ‘os terroristas do 8 de janeiro’?”.
Ana Paula, portanto, apontou incoerência no tratamento dado pelos ministros do STF aos presos. Isso, porque, após a morte de Cleriston, um dos magistrados, Luiz Roberto Barroso, chegou a vir a público manifestar solidariedade à família da vítima.
“Digo em nome do STF. Toda perda de vida humana, ainda mais quando se encontra sob custódia do Estado brasileiro, deve ser lamentada com sentimento sincero”, afirmou Barroso.
Ana Paula lembrou que a defesa de Cleriston havia avisado que ele poderia morrer na prisão, mas o seu pedido de liberdade foi negado. A comentarista também criticou políticos que se apresentam como da direita conservadora, mas que para ela são “conservadores de araque de gravatinha borboleta”. Assista: