O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, fez algumas declarações nesta sexta-feira (17) que voltaram a soar como indiretas para o presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele esteve em um evento ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, quando discursou na ocasião.
“Temos um papel no Brasil hoje muito importante, de uma vigilância e atenção incomuns. […] Os mineiros como políticos têm o seu perfil. É o perfil de moderação, ponderação, busca de consensos, conciliação, mas que não confundam esse perfil de mineiro de se fazer política com inércia ou tolerância em relação àquilo que não transigimos”, afirmou Pacheco.
Na sequência, Pacheco disse que supostas reações contra o Estado de Direito serão combatidas por parte do estado pelo qual foi eleito senador. “Por que quem objetivar mitigar o Estado de Direito ou estabelecer retrocessos à democracia, terá o pulso firme e forte da política de Minas Gerais para resistir”, pontou.
Pacheco não citou o nome de Bolsonaro, mas o contexto político no país, bem como seus posicionamentos anteriores, dão a entender que o senador se referiu aos recentes conflitos entre os poderes Executivo e Judiciário.
O senador vem tentando se mostrar como um político moderador, mas aliados do presidente da República já vêm adotando uma postura de insatisfação em relação aos seus posicionamentos, como a negação de colocar para análise um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes e agora, mais recentemente, a devolução de uma Medida Provisória assinada por Bolsonaro que dificultaria a remoção de conteúdos das redes sociais.