O ex-comandante do Exército Brasileiro e atual ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, foi um dos participantes da reunião ministerial realizada pelo governo na terça-feira (5) pela manhã, em Brasília. Na ocasião, houveram críticas às urnas eletrônicas e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo informações do jornal O Globo, a reunião de três horas de duração teve quase a metade do seu tempo gasto com críticas. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, reclamou do ministro Luiz Fux, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que segundo ele, em 2018 teria assumido um compromisso de fazer pelo menos 5% dos votos da eleição de 2022 “impressos e auditáveis”.
Além do ministro da Defesa, também estiveram presentes na reunião os comandantes da Força Aérea e do Exército, além de um representante da Marinha. Paulo Sérgio Nogueira, por sua vez, teria reforçado as críticas de Bolsonaro às urnas, dizendo ainda que “falta reciprocidade” por parte do TSE em relação às Forças Armadas.
Já nesta quarta-feira (6), segundo informações do jornalista Ricardo Noblat, o ministro da Defesa fez a exibição do Artigo 142 na Câmara dos Deputados, fazendo a seguinte declaração: “É o famoso e conhecido artigo 142. É o nosso farol.”
Na ocasião, o general participou da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, onde também estiveram os comandantes das três Forças Armadas: Almir Garnier Santos (Marinha), Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica). O objetivo foi falar sobre as prioridades da pasta no Brasil.
O texto do artigo citado pelo ministro, diz que “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”
Por fim, o ministro Paulo Sérgio destacou o trabalho dos militares junto à Comissão de Transparência Eleitoral do TSE, garantindo que a intenção das Forças Armas é de colaborar para o aperfeiçoamento do sistema eleitoral brasileiro.
“As Forças Armadas buscam com as propostas aperfeiçoar a segurança e a transparência do processo, mitigando ao máximo as possibilidades de ataques cibernéticos e falhas que possam comprometer as eleições de 2022 e posteriores”, disse ele.