Durante sua live semanal na última quinta-feira (29), o presidente da República Jair Bolsonaro defendeu a adoção do voto impresso auditável durante o processo de eleição no país. Além disso, o mesmo garantiu a seus apoiadores que se encontra empenhado em conseguir a aprovação da proposta, e explicou como ela seria aplicada.
“Tem eleições no ano que vem. Não estou falando que vou disputar ou não (…) Estamos empenhados. Conversei com lideranças na Câmara e no Senado para ver se aprovamos, até setembro, o voto auditável, por ocasião das eleições do ano que vem. O que é o voto auditável? Você vota, o voto é impresso num papel, você concorda, aperta o botão e aquele papel que não passa por sua mão, caio dentro da urna”, detalhou.
O presidente afirmou que isso ajudaria na precisão das eleições, de modo que haveriam formas de checar se os números condizem com o número real de votos e os políticos para os quais eles foram direcionados.
Em meio à sua fala, o presidente alegou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “sonega” informação, de modo que a nova medida, como dito anteriormente, poderia dar a certeza ao eleitor de que seu voto foi realmente direcionado para o candidato em questão.
“E outra coisa, que o TSE não faz. Acabou as eleições, o TSE tem que disponibilizar no site todas as seções do Brasil (…) Eu quero entrar no site do TSE e quero saber se bate a fita do TSE com a fita de papel que foi fixada na parede. Isso já é um avanço no Brasil e não custa nada. E o TSE sonega informação. Não quero aqui culpar os ministros, mas o TSE sonega essa informação (…) Devemos ter a certeza se eu votar no João e o voto vai para o João”, defendeu.
Numa nota final sobre o assunto, o mandatário divulgou que a expectativa é que a Câmara comece a análise da proposta (para implementar o voto impresso) em breve.
“Essa semana deve instalada uma comissão na Câmara para analisar o voto impresso. É a PEC da deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Justiça (CCJ). E precisamos levar para o plenário. E espero que os plenários da Câmara e do Senado aprovem isso para a gente acabar com a dúvida se há fraude ou não por ocasião das eleições”, finalizou.