Na última quinta-feira (08/04), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu que é obrigação do Senado providenciar a instalação da chamada CPI Pandemia, requerida por alguns senadores, mas que não chegou a ser encaminhada pela presidência da casa.
Tal decisão foi feita em resposta ao mandado de segurança apresentado por senadores no mês de março, de acordo com o BBC News. O objetivo da comissão Parlamentar de inquérito é “apurar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio para os pacientes internados”.
Em meio a este contexto, na manhã desta sexta-feira o presidente Jair Messias Bolsonaro comentou sobre a decisão de Barroso criticando duramente a postura do ministro, acusando-o de agir por motivações políticas.
“A CPI é para apurar as omissões do governo federal, é uma jogadinha casada, para desgastar o governo. Eles não querem saber do que aconteceu com os bilhões desviados por alguns governadores e alguns prefeitos também”, declarou Bolsonaro.
Ao continuar, sem citar nomes, o presidente da República mencionou a existência de pedidos de impeachment contra alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes, que teve um abaixo-assinado promovido por Coppolla. Com isso, o presidente questionou se Barroso teria “coragem moral” de mandar instalar o processo de impeachment também.
“Pelo que me parece, falta coragem moral para o Barroso e sobra ativismo judicial. Não é disso que o Brasil precisa, vivendo um crítico de pandemia, as pessoas morrem, e o ministro do Supremo Tribunal Federal faz “politicália” junto ao Senado Federal”, declarou Bolsonaro. Assista:
Presidente Jair Bolsonaro sobre a CPI que o ministro Barroso, do STF, mandou instaurar no Senado – "Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política." pic.twitter.com/DzY7H55aB4
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) April 9, 2021