O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o número de mortes pela Covid-19 no Brasil, levantando a suspeita de “supernotificações” por parte de governadores e prefeitos, conforme já havia citado ao mencionar um suposto relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), o que foi negado por parte do órgão.
Bolsonaro admitiu que errou ao citar o TCU, reconhecendo que não se trata de um relatório conclusivo, mas de um suposto levantamento estatístico. O presidente, então, disse que à Advocacia Geral da União irá tratar do assunto, apurando a suspeita de supernotificações.
“Tem gente querendo desqualificar o que eu estou falando para exatamente não incriminar governadores. Agora, uma coisa é real: segundo os estudos ali – são estudos estatísticos, não conclusivos –, a supernotificação pode chegar a 45%, quase metade”, disse em interação com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.
Segundo o presidente, os governadores tomaram decisões extremas para poder justificar as supostas supernotificações. Para o presidente da República, essa suposta inflação do número de mortes nos estados teria tido como objetivo atrair mais recursos do governo federal.
“Justificavam como? Com lockdowns, com toque de recolher, fechando o comércio, arrebentando com a população no Brasil, levando a morte por outros meios, através da depressão, suicídio, desespero, pessoas que não procuravam os hospitais, que tinham outras comorbidades, não procuravam por medo de contrair o Covid”, afirmou o presidente.