O presidente Jair Bolsonaro convocou novamente na sexta-feira (03/09) as manifestações pela “liberdade” para a próxima terça-feira e afirmou que nesse dia “o povo” dará “um ultimato” a quem “desafiar a Constituição” no contexto da política brasileira.
Em ato no interior da Bahia, Bolsonaro fez críticas à política dos governadores durante a pandemia e reiterou suas divergências contra “uma ou duas pessoas”, em clara referência aos integrantes do Supremo Tribunal Federal, a quem há semanas acusa de “usar o poder” para tentar “dar outro curso ao país.”
Embora não os tenha citado, o presidente fez alusão aos juízes Alexandre de Moraes e Luís Barroso. Esse último, além de membro do Supremo Tribunal Federal, preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre o qual Bolsonaro sustenta estar havendo ativismo judicial por parte do magistrado no tocante à proposta do voto impresso aliado ao das urnas eletrônicas.
Quanto a Moraes, o presidente tem feito críticas devido a abertura de inquéritos considerados ilegais por muitos juristas no Brasil, entre eles o renomado Dr. Ives Gandra Martins, através dos quais cidadãos que apoiam o governo têm sido alvos de mandados de busca e até de prisões por parte da Polícia Federal.
Bolsonaro reiterou nesta sexta-feira que estará presente nessas manifestações “junto com o povo” em defesa das políticas públicas que acredita, e que dará “um ultimato àquelas pessoas” que “não respeitarem a Constituição”. Segundo o presidente, “o povo” da rua vai exigir de quem o “desafia” que “se curve diante da Constituição, defenda a liberdade e entenda que está errado, mas que sempre há tempo para se redimir”.
Elevando o tom, o capitão da reserva do Exército acrescentou que “como militar”, prometeu “dar a vida pela Pátria e pela liberdade” e que, junto com “o povo”, poderá “derrotar os que querem liderar o Brasil através do caminho da Venezuela.” Com informações: Panam Post.