Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal, o senador Flávio Dino precisará obter ao menos 41 votos favoráveis entre os senadores da República para ter a sua indicação oficializada. Para isso acontecer, haverá uma sessão de votação onde o voto de cada parlamentar será secreto.
Com a votação secreta, a população não tem como saber como cada parlamentar votou, de fato, o que diminui a pressão do eleitorado, já que cada senador pode “esconder” o voto. Diante disso, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro resolveu recorrer a uma estratégia, a fim de manter a pressão sobre os opositores.
Segundo o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro dará a ordem para que os senadores da oposição não compareçam à sessão de votação, a fim de fazer com que a ausência deles indique o voto contrário à indicação de Dino para o STF.
Na prática, a intenção do ex-presidente é fazer com que apenas os senadores favoráveis à indicação de Dino estejam na sessão de votação. Desse modo, mesmo que a votação seja secreta, a presença ou ausência dos senadores revelará os favoráveis e contrários.
“A ordem é: quem for votar ‘não’, que não compareça ao plenário na hora da votação. Assim, cada ausência no plenário corresponderá ao desejado ‘não’ de Bolsonaro”, revela Lauro Jardim.