O presidente Jair Bolsonaro participou nesta terça-feira (03) de uma reunião, fora da agenda oficial, com os comandantes das Forças Armadas do Brasil (Marinha, Exército e Aeronáutica), onde também estiveram presentes o ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e o atual, general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército.
Segundo informações da rede Jovem Pan, a reunião durou cerca de duas horas e meia e foi seguida de um almoço do presidente com o ministro-general Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).
Paulo Sérgio Nogueira tem um encontro marcado com o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o que sugere que a reunião com o magistrado tem o aval do presidente da República, e certamente deve ter sido tratada entre os dois no almoço de hoje.
A participação de Bolsonaro em reuniões com a cúpula das Forças Armadas é relativamente comum. O presidente tem feito questão de demonstrar alinhamento e apoio aos militares, ficando atendo quanto às suas demandas operacionais, o que exige discussão sobre orçamento e estratégias diversas.
No atual contexto político, no entanto, a reunião de Bolsonaro com a cúpula militar também pode soar como uma demonstração de força por parte do Executivo, no tocante à crise com os outros poderes da República.
Conforme a Tribuna de Brasília noticiou horas atrás, interlocutores do presidente já teriam sido avisados pelos ministros do STF, por exemplo, que o indulto de Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), não impedirá que ele fique inelegível nas eleições desse ano, o que contraria o entendimento do Planalto.