Nesta quarta-feira (05), o presidente da República Jair Bolsonaro utilizou de sua fala durante uma solenidade no Palácio da Alvorada para reforçar seu pedido pela aprovação do voto auditável. De acordo com o mandatário, no caso da questão ser aprovada pelo Congresso, não haveria resistência da parte de ninguém.
“Colegas parlamentares, a decisão é dos senhores. Nós queremos, o povo quer, o voto auditável. Qual o problema nisso? Aqueles que acreditam que não há fraude, por que ser contra? Agora, se vocês promulgarem o voto auditável, ele será executado por ocasião das eleições do ano que vem, repito, será posto em prática. Ninguém vai contestar em lugar nenhum, a constitucionalidade de uma ação por parte dos senhores parlamentares nessa questão”, defendeu o chefe de Estado.
Durante sua live semanal realizada na semana passada, o presidente divulgou que a expectativa é de conseguir a aprovação do projeto até setembro.
O mesmo afirmou que entrou em contato com a liderança da Câmara e do Senado, e explicou que o voto auditável se trata de um sistema no qual o voto do eleitor é impresso em uma folha de papel, que logo após a confirmação (de que o candidato em questão é o mesmo que foi votado) cai dentro de uma urna sem passar pelas mãos do cidadão.
De acordo com o Correio Braziliense, Bolsonaro ainda citou a possibilidade de instalação de uma comissão para apreciar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Bia Kicis (na qual será tratada a questão do voto impresso). Todavia, por 33 votos a 32, os parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) negaram tal medida nesta quarta-feira (05).
A deputada Bia Kicis, autora da PEC e presidente da CCJ, comentou a derrota dizendo que foi perdida apenas uma batalha, mas não “a guerra”.