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Com financiamento público, documentário brasileiro vai retratar santa como ‘trans’

Com financiamento público, documentário brasileiro vai retratar santa como 'trans'

Foto: reprodução/redes sociais

Financiado com dinheiro público do Programa de Ação Cultural (ProAC), do governo de São Paulo, o curta-metragem São Marino vai discutir identidade de gênero com base na vida de Santa Marina, uma jovem que viveu na região da Síria ou do Líbano no século 6 e a quem são atribuídos milagres. No século 13, ela foi canonizada pela Igreja Católica.

Dirigido pela trans Leide Jacob, o filme, em formato de documentário, terá narração e participação do padre Julio Lancelotti, conhecido por sua atuação com moradores de rua em São Paulo.

No trailer, o curta-metragem é definido como uma “obra resgatando o trans masculino”. “As nossas identidades foram apagadas durante todos os séculos”, continua o trailer.

De acordo com a Arquidiocese de São Paulo e o Vaticano, após o falecimento da mãe de Santa Marina, o pai dela, Eugênio, tomado pela tristeza, resolveu viver em um mosteiro. Para não deixar a filha de 14 anos para trás, ele levou a garota consigo e a apresentou como um menino. Depois do falecimento do pai, Marina — sempre se apresentando como um rapaz — continuou no mosteiro com frei Marino.

Em uma missão externa, acabou sendo acusada de estuprar e engravidar uma moça. Ela preferiu não revelar a verdade, mesmo castigada e expulsa do mosteiro. Foi obrigada a cuidar do bebê.

Durante três anos, viveu na miséria, dependendo de esmolas para alimentar a si e a criança, de quem cuidava com carinho. Diante da resignação, foi admitida novamente no convento e continuou cuidando do filho. Aos 25 anos, Marina morreu, provavelmente por causa do desgaste dos anos anteriores vivendo na rua.

Somente ao ser preparada para o enterro, os monges descobriram que se tratava de uma mulher e que, portanto, era falsa a acusação que lhe foi imposta e que a santa jamais desmentiu. No trailer, Lancelotti diz que “Marino foi canonizado como Santa Marina”. Com: Revista Oeste

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