O comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva, gerou críticas nas redes sociais por causa de um trecho do seu discurso de final de ano dirigido as tropas. A prática é tradicional entre os comandantes, mas este ano se tornou alvo de maior escrutínio público.
“Manter o Exército motivado e apto a cumprir missões tem sido minha tarefa diária. Por tudo isso, posso afirmar que 2024 o Exército Brasileiro permanecerá firme e coeso. Cada soldado, preocupado com as coisas de soldados, vai continuar desempenhando o seu dever para que possamos cumprir nossa missão constitucional de defender a pátria”, afirmou Paiva.
A fala do militar foi vista como uma crítica velada aos comandos anteriores, acusados pelo atual governo de politização, especialmente por parte do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Os ex-comandantes general Paulo Junior e Braga Netto foram acusados de ecoarem a suposta tentativa do ex-presidente de influenciar as Forças Armadas no tocante ao resultado das eleições no ano passado.
Os apoiadores de Bolsonaro, contudo, alegam que foram “traídos” e fazem críticas reiteradas aos chamados “melancias” do Exército, expressão utilizada por eles para se referir aos supostos comandantes que teriam viés ideológico de esquerda. Assista a íntegra do discurso do general Tomás Paiva, abaixo: