Desde 2018, quando o Brasil teve um candidato à Presidência da República ligado à bandeira do “patriotismo” e da defesa nacional subindo ao posto de presidente do país, as Forças Armadas também passaram a ter maior destaque positivo na opinião popular, com os militares sendo vistos, por boa parte do público, como agentes em prol da segurança democrática.
Desde o ano passado, porém, quando os acampamentos em frente aos quartéis militares começaram a ser desmobilizados, e centenas de pessoas foram presas, já este ano, em decorrência dos atos de 8 de janeiro, as Forças Armadas passaram a sofrer um declínio em seu prestígio popular.
A confirmação disso veio através de uma pesquisa Genial/Quaest divulgada no último dia 21, onde foi apontado que o número dos brasileiros que afirmavam “confiar muito” nas Forças Armadas passou de 44% para 33%, uma queda expressiva de 11% em poucos meses.
A desconfiança também aumentou entre o público que “não confia”, subindo de 18% para 23% no período de dezembro de 2022 para agosto desse ano. A mesma pesquisa mostrou que a desconfiança com relação às Forças Armadas é bem maior entre os eleitores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Anteriormente, os que “confiavam muito” nos militares, entre os bolsonaristas, eram 60%, mas agora são 40%, portanto, uma queda de 20% de dezembro a agosto, segundo a Exame. A depender dos rumos do país nos próximos meses/anos, talvez esses números piorem ainda mais, ou melhorem.