As críticas envolvendo a cúpula das Forças Armadas não se resumiram apenas à sociedade civil. Elas também partiram de figuras que já integraram o comando militar, como o Coronel Márcio Amaro, considerado um dos maiores especialistas em cibersegurança e guerra cibernética do Brasil.
O militar, por exemplo, reagiu com irritação à notícia do bloqueio dos perfis nas redes sociais dos jornalistas Paulo Figueiredo Filho e Rodrigo Constantino, por determinação judicial, criticando a postura adotada pelo agora ex-comandante da Força Aérea, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior.
“Esse é seu conceito de estado democrático, brigadeiro? É esse tipo de violência que o senhor e seus pares no alto comando das FA protegeram? Quantos mais a ditadura terá que calar para vocês perceberem o que está acontecendo com o país que juramos defender?”, questionou Amaro, marcando Baptista Junior em sua publicação.
A reação do Coronel parece ser uma referência à duas publicações feitas pelo ex-comandante recentemente, onde ele disse que “jamais apoiaria rupturas democráticas”, e outra quando disse acreditar que os manifestantes que ficaram dois meses acampados em frente aos quartéis do Exército Brasileiro “não sabem o que pedem”.
Em resposta ao Coronel Amaro, um seguidor comentou: “Coronel, esses comandantes não sabem o que é o povo. Quem vai sofrer com tudo isso é o povo, eles estarão bem. Quantos do povo morrerão? Esses comandantes carregarão para sempre essa culpa.”