A proposta de colocar câmeras corporais em policiais militares está revoltando o deputado federal Marcelo Freitas (União Brasil-MG), que também é delegado de Polícia. Em reação à discussão que permeia o tema no Brasil, ele apresentou um projeto de lei que determina o uso do equipamento, também, em políticos, juízes e até nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Se buscamos a transparência em relação às ações de servidores públicos, por que os agentes políticos não dão o exemplo? Por que não implementarmos esse ‘controle’ através de câmeras que registrem o dia a dia profissional dos homens públicos com maior poder de decisão em nossa República?”, questiona o deputado.
O parlamentar, segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, argumenta que não faz sentido querer monitorar a qualidade do trabalho dos agentes de segurança pública, alegando maior segurança para os cidadãos, sem que outros agentes públicos de igual ou maior poder também sejam monitorados.
“Aqueles que mantêm diálogos e ações republicanas durante seu trabalho, não terão restrição a utilizar os sistemas de gravação de áudio e vídeo, de forma semelhante à proposta colocada para todos os policiais deste país”, ressalta o parlamentar.
Para o delegado, a instalação de câmeras corporais nos policiais viola a privacidade dos mesmos, intimidando o exercício profissional. Impondo a utilização de câmeras, principalmente ligadas ininterruptamente durante o período de trabalho, estamos invadindo a intimidade de todos os policiais, mesmo daqueles que têm conduta rigorosamente dentro das leis e normas – destacou.