O delegado responsável pelo caso Adélio Bispo comentou sobre a recente decisão tomada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília, que na última quarta-feira (3) autorizou o prosseguimento das investigações, incluindo a possiblidade da quebra de sigilo dos advogados que fazem a defesa do criminoso.
Rodrigo Moraes explicou ao Globo que, segundo ele, a única coisa que restava para ser investigado era se os advogados foram, de fato, contratados por terceiros ou se eles assumiram o caso pensando na autopromoção, dado à grande visibilidade do ocorrido. A quebra de sigilo dos defensores, portanto, poderá solucionar essa questão.
“Até agora, depois de tudo o que foi investigado, não se identificou nada em relação a terceiros. A única lacuna era justamente nessa questão dos advogados do Adélio. Com essa decisão, vai ficar mais fácil saber se havia um terceiro ou não”, afirmou o delegado da Polícia Federal.
“Basicamente, é só isso o que falta: descobrir se os advogados assumiram o caso visando à exposição ou se eles foram contratados”, destacou o militar. O material que será analisado, incluindo um celular do advogado de Adélio e imagens de câmeras de segurança, já estavam em posse da PF desde o final de 2018, mas só agora poderão ser periciados.