O Diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, comentou sobreo o vazamento de áudios do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, que numa gravação acusou agentes da PF de pressioná-lo a fim de corroborar com uma “narrativa pronta” contra o ex-presidente.
De acordo com informações exclusivas da jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, o diretor-geral da PF afirmou que entrará com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de que as declarações do militar sejam apuradas.
“Vimos com gravidade o que as falas acusam. Representamos ao STF para que ele esclareça, já que somos levianamente acusados. Ninguém acusará a PF e o STF dessa forma, e ficará incólume”, afirmou Rodrigues.
Após a repercussão do vazamento divulgado pela revista Veja, advogados de Mauro Cid emitiram uma nota negando que a intenção do militar fosse desacreditar a Polícia Federal ou o STF, muito embora o tenente-coronel já tenha confirmado a veracidade da gravação – veja aqui.
“Referidos áudios divulgados pela revista Veja, ao que parecem clandestinos, não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda, mas que, de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada”, diz a nota.
Aliados do ex-presidente Bolsonaro, contudo, avaliam que a fala de Cid coloca em xeque a credibilidade da investigação que a pura a suposta articulação de um suposto “golpe” de Estado contra o país.
“A defesa do Presidente tomará as devidas providências ao longo do dia”, afirmou Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro. Escute a íntegra do áudio vazado de Mauro Cid no link abaixo:
Vaza áudio de Cid acusando a PF de lhe pressionar em prol de ‘narrativa pronta’