O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu mais um julgamento envolvendo a chapa eleitoral de 2022 composta por Jair Bolsonaro e Braga Netto, dessa vez tornando inelegível (novamente) não apenas o ex-presidente, como também o candidato a vice, que é general da reserva do Exército Brasileiro.
Segundo informações do jornal O Globo, a decisão “aprofunda mal-estar com militares”, o que teria sido expresso em um comentário feito por um general, reservadamente, ao editorial.
“Tem havido uma sucessão de notícias, fatos, atos desabonadores envolvendo integrantes das Forças Armadas. A corporação está machucada. É mais uma flechada em São Sebastião”, disse o general ao O Globo, sem ser identificado.
A decisão do TSE, dessa vez, diz respeito ao suposto uso eleitoral das comemorações referentes ao 7 de Setembro. Segundo a Corte, Bolsonaro teria feito uso eleitoreiro da data, abusando do seu poder política.
A ministra Carmem Lúcia, em seu voto, comentou que “houve um planejamento, uma organização desses atos e a execução no dia 7 de Setembro. A conduta vedada foi amplamente comprovada. O segundo investigado (Braga Netto) inclusive era da coordenadoria da campanha, tudo isso numa linha de sequência muito clara: um ato, depois do outro”.
O ministro Alexandre de Moraes, por sua vez, acrescentou que “(Braga Netto) foi chefe da Casa Civil, assessor da Presidência, era um dos coordenadores da campanha, se beneficiou com isso”.
Com a decisão, Braga Netto fica inelegível por 8 anos e não poderá disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro no ano que vem, como estava sendo cogitado por apoiadores. Aos 66 anos, o general da reserva só poderá disputar eleições quando estiver com 74 anos.