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“É para impor medo à população”, diz psicóloga sobre pedido da PGR contra seguidores

"É para impor medo à população", diz psicóloga sobre pedido da PGR contra seguidores

Foto: reprodução/Google

Figura marcante no ativismo político conservador nacional, a psicóloga Marisa Lobo reagiu com indignação à notícia de que o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, responsável na PGR pelo inquérito do 8 de Janeiro, pediu a lista completa de todos os seguidores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro nas redes sociais.

O pedido que foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes inclui a identificação dos seguidores, que somam milhões em diferentes plataformas, como Facebook, Twitter, Instagram e TikTok, por exemplo.

Especialista em Direitos Humanos e em Saúde Mental, Marisa Lobo classificou o pedido do suprocurador-geral como uma tentativa de “impor medo à população”, a fim de fazer com que o ex-presidente perca os seus seguidores.

“É absurdo e inconstitucional pedir dados de seguidores do Ex-Presidente Bolsonaro”, escreveu Marisa nas redes sociais. “Mas, a jogada é psicológica, estratégia de alienação mental, pra você ficar com medo e deixar de seguir”.

“É tortura psicológica”, continuou a psicóloga, conhecida nacionalmente por sua luta contra a ideologia de gênero, tema do qual é autora de vários livros, entre eles A Ideologia de Gênero na Educação e Famílias em Perigo. Marisa ainda argumentou que o pedido caracteriza, em sua opinião, “violência simbólica”, sendo essa uma “estratégia de ditadores”.

Ex-juiz federal da Operação Lava Jato, o senador Sérgio Moro também criticou o pedido do suprocurador-geral. Para o jurista, se a medida for acatada, isto significará a violação da privacidade de milhões de brasileiros.

“A diligência pretendida pelo subprocurador-geral, com a identificação completa de todos os milhões de seguidores de Jair Bolsonaro nas redes sociais, é injustificável, além de provavelmente impraticável”, pontuou Moro. “Representa uma violação da privacidade de milhões de brasileiros. O MP deveria reconsiderar o requerido.”

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