O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) utilizou a sua rede social para manifestar apoio a três ministros que integram o governo do seu pai, os quais também são pastores evangélicos e reconhecidos, entre outros, pela atuação no meio religioso.
“Coneteram ilícitos [sic]? Não. Fizeram alguma conduta descrita como criminosa no código penal? Não. O que fizeram? São pastores com lugar de destaque na sociedade e isso mais do que irrita muita gente”, escreveu o parlamentar, dizendo dar “todo apoio” a Damares Alves, André Mendonça e Milton Ribeiro.
Damares Alves, ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, é filha de Henrique Alves Sobrinho, pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, de quem teve a influência na fé cristã e onde se tornou pastora. Ela também é advogada e ativista.
André Mendonça, atual ministro da Segurança Pública e Justiça, possui longa carreira jurídica, já tendo atuado por 20 anos na Advocacia-Geral da União, e também é pastor evangélico da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, considerada mais “progressista”.
Milton Ribeiro, por sua vez, é jurista, mas também educador e teólogo, pastor da Igreja Presbiteriana com bastante experiência no setor educacional através da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde foi reitor, em São Paulo.
Setores progressistas
Eduardo Bolsonaro não se referiu a quem os pastores irritam, mas o contexto político-ideológico no país permite compreender que se trata de uma referência aos setores progressistas da sociedade, associados à esquerda.
Isso porque, em termos de cultura e moralidade, os pastores evangélicos estão ligados ao conservadorismo, naturalmente associados aos princípios do cristianismo, os quais têm na família a defesa de pautas sensíveis para uma geração mais liberal no pensamento e costumes.
https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1286305791113396225