O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continua sob o escrutínio das Forças Armadas, mesmo após o setor técnico da Corte já ter respondido uma série de questionamento dos militares em relação ao sistema eleitoral utilizado no país.
Agora, segundo informações da IstoÉ, o Comandante do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) do Exército, general Heber Garcia Portella, indicado pelas Forças Armadas (FFAA) para integrar a Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE, cobrou ações da Corte quanto à eleição deste ano.
O general pediu que o TSE tome medidas urgentes para prever e divulgar antecipadamente “as consequências para o processo eleitoral, caso seja identificada alguma irregularidade”.
O TSE, por sua vez, afirmou que “em relação às medidas a serem adotadas diante de irregularidades nas eleições, esclarecemos que se encontram previstas na legislação eleitoral pátria.”
“Em face da amplitude da expressão, destacamos alguns procedimentos previstos para atuação imediata, sem prejuízo do desdobramento judicial ou a incidência de situações não previstas na legislação”, disse o Tribunal, em resposta.
Ao que tudo indica, os militares ainda não se deram por satisfeitos quanto aos seus questionamentos e proposições. Recentemente, como noticiou a Tribuna de Brasília, as Forças Armadas estariam pedindo a adoção de uma espécie de mecanismo adicional, que seja capaz de contabilizar ou auditar os votos, informou a CNN.
O TSE já reiterou que o modelo atual de votação é auditável e confiável. Contudo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, vem levantando questionamentos quanto a isso, condicionando a sua confiança no processo eleitoral à participação e posicionamento das Forças Armadas.