O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial tecendo duras críticas ao modo como o governo Lula vem gerindo as empresas brasileiras, em especial a Petrobrás, que perdeu mais de R$ 50 bilhões em valor de mercado, após o anúncio da petroleira, na quinta-feira (7), de que não iria pagar dividendos extraordinários.
Dividendos são pagos aos acionistas quando a empresa tem resultados além do esperado. As projeções para 2023, por sua vez, apontavam de US$ 4,7 bilhões a US$ 8,5 bilhões desses valores, segundo informações do Valor.
De acordo com o Estadão, a decisão do governo em não pagar dividendos se assemelha ao que a Venezuela fez com a PDVSA, “que era uma das maiores petroleiras do mundo e que, depauperada pelo populismo dos companheiros Chávez e Maduro, se tornou uma colossal sucata”.
“Sejamos claros, é disso que se trata: a tentativa de transformar a Petrobras em instrumento a serviço da desbragada demagogia lulopetista, tal como foi feito na Venezuela chavista”, opina o jornal.
“Por isso, as ações da Petrobras, que até haviam ensaiado uma recuperação após terem despencado na última sexta-feira, voltaram a cair, pois as novas declarações do presidente confirmam algo que, até então, os investidores apenas intuíam: que Lula nada esqueceu nem aprendeu e que, ao contrário, dobrará a aposta no lulopetismo radical.”
Desse modo, o editorial conclui que “o presidente demonstra estar disposto a degradar o valor das poucas companhias brasileiras capazes de competir no exterior para impor sua visão econômica atrasada, autoritária e, sobretudo, suicida”.