Incomodado com a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro à Embaixada da Hungria, em fevereiro passado, o governo Lula decidiu convocar o embaixador húngaro Miklós Halmai para dar explicações. O pedido, no entanto, não agradou, uma vez que a sua resposta confirmou a versão apresentada pelo capitão da reserva do Exército Brasileiro.
Segundo informações da CNN Brasil, Miklós Halmai permaneceu apenas 20 minutos com a secretária de Europa e América do Norte, Maria Luísa Escorel, onde afirmou que a estadia de Bolsonaro na Embaixada húngara, de fato, foi para manter relacionamento com autoridades do “país amigo”.
O posicionamento do embaixador deixou o governo Lula incomodado, informou a CNN. Aliados do atual presidente da República têm apontado que o objetivo de Bolsonaro seria o de buscar asilo político na Embaixada húngara, caso houvesse um mandado de prisão contra ele.
A defesa do ex-presidente, contudo, emitiu nota negando essa versão. “Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo, atualizando os cenários políticos das duas nações”, diz a defesa.
“Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news“, conclui a nota.
A embaixadora brasileira Maria Luísa Escorel, contudo, teria alertado o embaixador húngaro quanto ao propósito da visita de Bolsonaro, dizendo que qualquer atualização na relação entre Brasil e Hungria deve ser feita mediante os canais e/ou autoridades do atual governo.