Uma publicação recente feita no último dia 17 pelo South China Morning Post, um jornal de língua inglesa de Hong Kong publicado pelo SCMP Group, acabou viralizando nas redes sociais ao anunciar a existência de um microchip que poderá ser utilizado para implantes subcutâneos contendo os dados do chamado “passaporte sanitário”.
A publicação contém um vídeo destacando o chip criado por uma empresa sueca chamada Epicenter, com sede em Estocolmo, já conhecida mundialmente pela fabricação desse tipo de equipamento, o qual segundo o anúncio poderá facilitar a utilização do passaporte sanitário, uma vez que o material poderá ser implantado no braço ou na mão dos usuários.
O chip pode ser lido com tecnologia pré-existente, segundo a Epicenter. A empresa vem trabalhando no que chama de tecnologia “compatível com os humanos” há anos. “Os implantes são uma tecnologia muito versátil que pode ser usada para muitas coisas diferentes”, explica Hannes Sjöblad, um dos diretores de tecnologia da empresa.
“E agora é muito conveniente ter um passaporte COVID sempre acessível em seu implante”, completa Hannes no vídeo promocional. “No caso de seu telefone ficar sem bateria, ele estará sempre acessível para você. Então, é claro, é assim que usamos essa tecnologia hoje, no próximo ano vamos usá-la para outra coisa”.
O chip usa tecnologia Near Field Communications (NFC), a mesma dos cartões de crédito sem ou de pagamentos remotos. Seus dados podem ser lidos por qualquer smartphone com a mesma tecnologia.
No caso da Suécia, o país promulgou novas regras que exigem que os indivíduos tenham um passaporte de vacina em todos os eventos com mais de 100 pessoas. O que para muitos no Brasil ainda pode ser fruto de teorias conspiratórias, naquele país já é uma realidade.
Isso porque, como resultado das exigências de acesso aos locais apenas com o passaporte vacinal, vários cidadãos suecos já optaram por implantar microchips com seus passaportes de vacina em suas mãos.
Cerca de 6.000 pessoas na Suécia tiveram um chip inserido em suas mãos desde 2014, de acordo com o euronews.com. Isso porque, os suecos já vêm substituindo dados básicos como passagens de trem e carteiras de identidade pela conveniência de um microchip implantado sob à pele.
Steven Northam, diretor da BioTeq e especialista líder em implantes de tecnologia humana do Reino Unido, acredita que “em 10-15 anos, humanos com microchip serão uma ocorrência diária”, disse ele anteriormente ao Metro.co.uk. A BioTeq já oferece aos seus clientes opções de implantes, entre eles NFC ou RFID (Radio Frequency ID).
Os biochips, como são chamados, já foram oferecidos por algumas empresas americanas aos seus funcionários. A Three Square Market, uma empresa de tecnologia com sede em Wisconsin, se tornou a primeira empresa nos EUA a oferecer a seus funcionários implantes de microchip gratuitos semelhantes, segundo matéria da CBN News em agosto de 2017.
Enquanto para muitos a inovação parece um avanço tecnológico digno de louvor, alguns ainda se mantém céticos acreditando se tratar muito mais de coisas de ficção ou, no máximo, algo para um futuro distante.
Várias pessoas, no entanto, também associam estes acontecimentos a relatos proféticos da Bíblia cristã, especificamente a um trecho do livro de Apocalipse que sugere uma espécie de controle global através de uma “marca da besta”, a qual será preciso utilizar para a realização de tarefas diárias simples, como poder fazer compras.
O fato é que, independentemente das teorias e especulações, a existência da tecnologia de microchips subcutâneos com dados de armazenamento humanos não só é uma realidade, como já vem sendo utilizada, a exemplo da Suécia, evidentemente de acordo com às respectivas leis locais.
Vale destacar que a notícia referente ao anúncio da Epicenter também foi repercutida por uma mídia brasileira especializada em tecnologia, a Olhar Digital, assim como pelo Yahoo Finanças. Assista abaixo:
https://twitter.com/SCMPNews/status/1471797322531049472