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    Esposa de Lula, Janja critica redes sociais que estariam “lucrando em cima do ódio”

    Janja Lula da Silva, primeira-dama do Brasil, aproveitou o momento em que foi vítima de uma harckeamento para defender a regulamentação das redes sociais, dando especial destaque da sua crítica ao Twittter, agora “X”, empresa comprada pelo bilionário Ellon Musk, um defensor autodeclarado da liberdade de expressão e crítico do ativismo ideológico nas mídias.

    “Pensei muito sobre voltar ou não para essa rede social, não apenas por causa das agressões que aconteceram em meu perfil, mas principalmente por toda a demora dos administradores da rede X em agir, congelando meu perfil para que as agressões parassem de ser postadas e pudessem ser silenciadas”, escreveu Janja.

    O congelamento do perfil em casos de invasão é um procedimento adotado pelas redes de modo geral, a fim de impedir que a conta seja utilizada pelos invasores, até que a integridade da mesma seja restaurada. Ou seja, que o real proprietário a recupere e esteja em segurança.

    De fato, este é um procedimento que pode ser considerado inconveniente devido ao fato da plataforma poder exigir a autenticação do proprietário do perfil, algo que pode envolver horas, talvez dias. Tudo, porém, é para a própria segurança do proprietário da conta.

    Janja, contudo, seguiu criticando a plataforma: “Minha equipe de redes agiu rapidamente mas o pesadelo se estendeu por uma hora e meia até o bloqueio. O transtorno e a burocracia continuaram para que a conta fosse recuperada e o relatório da plataforma fosse finalmente entregue para investigação da Policia Federal , o que aconteceu somente quatro dias depois dos crimes cometidos.”

    Na sequência da sua postagem, Janja seguiu atacando as redes sociais, dando foco a empresa de Ellon Musk, insinuando que a suposta promoção do “ódio” serviria de lucro para essa plataforma. Veja abaixo a sequência do seu texto:

    “Fiquei pensando na angústia de tantas mulheres que também sofreram e sofrem esse tipo de ataques e, por não serem pessoas públicas, têm ainda mais dificuldade para fazer com que as plataformas de redes sociais ajam. Na maioria das vezes, o que essas mulheres encontram é o descaso, o desrespeito e a revitimização, quando não a morte.

    É triste que um adolescente de 17 anos, que confessou a invasão ao meu perfil, esteja no ambiente das redes disposto a espalhar tanto ódio e repulsa às mulheres. Mais absurdo ainda é as plataformas permitirem que crimes de ódio sejam praticados livremente.

    Precisamos falar sobre a responsabilização das plataformas. Não podemos permitir que cada vez mais crimes de ódio sejam cometidos contra nós, mulheres, fora e dentro do ambiente online. Não podemos permitir que as plataformas sigam lucrando em cima do ódio, coisa que tenho certeza que aconteceu no caso da invasão do meu perfil. Um hora e meia de monetização para o X.”

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