O assassinato de três médicos no Rio de Janeiro, entre eles o irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, foi mais um capítulo trágico da violência que acomete as capitais brasileiras, especialmente a carioca, servindo para revelar, também, o quanto o crime organizado este no país como um “estado paralelo”.
Isso, porque, segundo informações divulgadas pelo G1, fontes da Secretaria de Administração Penitenciária do presídio Bangu 3, a morte dos médicos teria ocorrido por engano, pois o alvo, na verdade, seria o filho de um miliciano.
O que causa espanto nisso tudo, além da própria tragédia, é que chefes da facção Comando Vermelho teriam feito uma “videoconferência” de dentro do presídio, a fim de instituir um “tribunal” para julgar os assassinos, que foram condenados a morte – seus corpos já foram encontrados.
“A ordem das execuções teria partido de chefes do Comando Vermelho, que estariam contrariadas com a repercussão do caso, já que inocentes acabaram mortos. A orientação foi dada em uma videoconferência com a participação da cúpula da facção, que fica dentro do presídio Bangu 3”, forma o G1.
Isso, como se não bastasse o absurdo da atuação criminosa dentro de um presídio, teria sido comunicado à Polícia, o que sugere comunicação do crime organizado com as autoridades públicas. Vale lembrar que Bangu 3 é um presídio de segurança máxima.
A jornalista Mônica Bergamo comentou: “Vamos ver se entendemos bem: a narcomilícia sócia do Comando Vermelho decidiu matar um miliciano. Se enganou e matou os médicos. Então o Comando Vermelho matou os narcomilicianos que mataram. E AVISOU a polícia. AVISOU! A POLÍCIA! Q então comunicou a imprensa…”
Ao comentar o episódio, o senador Sérgio Moro escreveu: “A segurança pública no Brasil está em frangalhos e o Governo Lula não sabe o que fazer.”.