Foragidos há mais de 50 dias, os dois criminosos que escaparam da prisão federal de “segurança máxima” situada em Mossoró, no Rio Grande do Norte, parecem estar cada vez mais distantes de serem recapturados, segundo uma informação divulgada pela GloboNews.
Isso, porque, os cem agentes da Força Nacional, batalhão federal que atua em situações de emergência em segurança pública, encerraram a participação nos trabalhos de buscas pelos dois fugitivos.
De acordo com apuração do jornalista César Tralli, a desmobilização da Força Nacional provocou animosidade entre os agentes de segurança que atuam nas buscas: “em conversas com fontes, eles reclamam que as áreas de inteligência da Polícia Penal Federal e da Polícia Federal não compartilharam entre si informações, como deveriam”.
Ainda segundo o jornalista, os agentes também não “dividiram essas informações [de inteligência] com as equipes de campo que participaram ativamente das buscas”, o que sugere, em tese, que os trabalhos podem ter sido prejudicados, ou seria sabotado?
Fugas de um presídio de segurança máxima nunca haviam ocorrido na história do Brasil. Os dois fugitivos de Mossoró são integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil e uma das maiores da América Latina, com ramificações já instaladas em outros países.
Com a desarticulação da Força Nacional das operações de busca dos fugitivos, o possível fracasso na captura dos presos pode ser um fator negativo de peso para o governo Lula, que vem sendo criticado pela oposição devido à sua gestão na área de segurança pública, atualmente conduzida pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, hoje ministro da Justiça. Assista: