Após a polêmica declaração feita pelo ministro Luiz Roberto Barroso, militares da ala governistas reagirem, chegando a emitir uma nota por parte do ministério da Defesa, esta já noticiada pela Tribuna de Brasília ainda no domingo, onde o magistrado é acusado de ter sido “irresponsável”.
“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro”, diz o documento.
Assinado pelo general Paulo Sérgio Nogueira, atual ministro da Defesa que há poucos dias estava no Comando do Exército, a nota da Defesa também classificou como uma “ofensa grave” a fala de Barroso quanto ao suposto uso das Forças Armadas para atacar o sistema eleitoral.
Quem também reagiu foi o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo (GSI). Ele chamou a fala do ministro do STF de “inconsistente e sem fundamento”.
“Forças Armadas ‘estão sendo orientadas a atacar e desacreditar’ o processo eleitoral, diz Min Barroso. Essa afirmação não procede; é inconsistente e sem fundamento. FA, ‘convidadas para participar do processo’, estão sendo orientadas, como sempre, a ajudar a lisura do evento”, afirmou o militar da reserva pelas redes sociais.
Com a fala de Barroso e a nota da Defesa, o clima de animosidade entre os membros do Executivo e o STF ficaram ainda mais acirrado, tendo em vista a grande representatividade militar no governo, e o momento atual, onde um indulto oferecido por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira tem sido visto como um duro golpe do presidente contra o Judicário.