O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, comentou o recente atentado ocorrido em duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, na última sexta-feira (25). Na ocasião, três pessoas morreram e outras nove ficaram feridas. O ataque foi realizado por um adolescente armado de 16 anos.
Ignorando os dados recentes que apontam a maior queda no número de homicídios no país em sua série histórica, iniciada em 2011, o magistrado disse acreditar que o ato de violência seria fruto da “cultura de ódio” que estaria sendo promovida por “políticas” armamentistas.
“A tragédia das escolas de Aracruz revela as graves consequências da crescente cultura de ódio no país, fomentada por políticas infundadas de armamento. Dar armas à população, além de não resolver os problemas de segurança pública, apenas resulta em mais mortes”, opinou Gilmar, em sua rede social.
De acordo com a CNN Brasil, com base em números divulgados em junho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 47.503 homicídios ao longo do último ano, o equivalente a 130 mortes por dia, o que caracteriza o menor número de homicídios no em dez anos.
O governo tem criticado parte da imprensa que, ao lidar com esses dados, parece não querer reconhecer que eles coincidem com o fato do país, ao mesmo tempo, ter batido recordes na compra de armas por parte dos cidadãos.
A tese governista é de que o maior número de armas nas mãos de cidadãos de bem resulta em maior segurança social, servindo como fator de dissuasão para os criminosos de modo geral. Mas, veículos de imprensa têm alegado que, “segundo especialistas”, a redução da violência no Brasil durante o governo Bolsonaro seria, por exemplo, devido à “estabilização de conflitos entre facções criminosas.”