O combate ao crime organizado tem como um dos principais fundamentos a repressão ao tráfico de drogas, o que parece estar sendo uma das medidas de grande sucesso no governo do presidente Jair Bolsonaro, que só neste primeiro semestre já apreendeu 94 mil toneladas de entorpecentes.
Precisamente, foram 92,5 mil toneladas de cocaína e 1,2 mil de maconha apreendidos, segundo informações de um levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os dados são vistos com entusiasmo, pois o tráfico de drogas é considerado uma artéria no crime organizado. Ele é o meio de financiamento dos pequenos e grandes delitos dentro e fora do país, fazendo girar a indústria do crime.
Uma vez que toneladas de drogas são apreendidas, a capacidade de organização e financiamento das organizações criminosas fica prejudicada. “O grande desafio é fortalecer o Sistema Único de Segurança Pública”, afirmou o ministro da Justiça, André Mendonça.
“E esse sistema é baseado em quatro pilares: coordenação, atuação sistêmica, atuação integrada e cooperação”, detalhou o atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
Prisões ligadas ao tráfico
Também foram realizadas 48,2 mil prisões relacionadas ao tráfico de drogas, não só de pessoas, mas também de 14 mil armas ilegais, tudo no primeiro semestre. “O governo Bolsonaro, em um ano e meio, apreendeu mais do que nos últimos 10 anos”, afirmou Mendonça.
A luta contra o crime organizado é longa e possui diversas frentes, mas sem dúvida o tráfico de drogas – que também alimenta o de armas – pode ser considerada a principal.
Para André Mendonça, o momento é de unir esforços nas diferentes esferas para ampliar a capacidade de articulação contra o crime.
“Não vamos apenas somar forças, queremos multiplicar esforços e ações integradas onde os agentes de segurança pública federal, estadual e o interestadual se conectem”, disse ele, segundo o Ministério da Justiça.