O senador Magno Malta é um dos parlamentares da oposição que está determinado em articular a rejeição de Flávio Dino para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, conforme a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Malta, não importa o quanto Dino afirme que vai “mudar” a sua postura, abandonando a política, para se tornar um juiz imparcial. Isso porque, para ele, todos os indicados, se preciso, vendem “até a mãe” na hora da sabatina, no Senado, para conseguir a oficialização da indicação.
“Minha única preocupação é com o que os sabatinados que passam pelo Senado pensam e por que pensam sobre os temas que são mais importantes para a nossa sociedade. Esse papo de ‘Ah, as coisas mudam depois da indicação. Não tenho convicções políticas. É pelo Brasil’ é balela”, disse o senador.
“Está mais que provado que é mentira. É simplesmente impossível separar um homem de suas convicções. Eu pesquiso sobre o passado do sabatinado, porque o mais comum é vermos pessoas ‘vendendo até a mãe’ para colocar a toga nas costas, depois de nomeados vivem para colocar suas convicções em prática em nome da ‘democracia’”, completou Magno Malta.
Um dos sabatinados por Malta foi o atual ministro Alexandre de Moraes, que na época da sua sabatina, após ter sido indicado pelo então presidente Michel Temer, também defendeu os princípios constitucionais. Atualmente, porém, o magistrado vem sendo duramente criticado por decisões consideradas abusivas. Assista: