Janaína Paschoal, deputada estadual e professora de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP), se pronunciou sobre a polêmica envolvendo o jogador de vôlei Maurício Souza, que foi demitido do Minas Tênis Clube e até da Seleção Brasileira, após fazer um comentário crítico contra o novo personagem do Superman, que é bissexual.
Para Janaína, a sociedade deveria boicotar os patrocinadores do Minas Tênis Clube, uma vez que eles pressionaram após o comentário do atleta. Se tratam das empresas Gerdau e FIAT. “Onde está escrito que não se pode criticar um desenho? Todos têm que pensar da mesma forma sobre tudo?”, questionou o a parlamentar.
“Desproporcional o que fizeram com o jogador! Deveríamos boicotar os patrocinadores, por serem defensores da censura!”, completou Janaína, que na sequência defendeu a pluralidade de visões quanto aos temas sociais, o que também diz respeito ao comportamento sexual.
“Não se pode confundir divergência com discriminação! Nenhuma sociedade evolui quando define pessoas, grupos ou mesmo temas como intocáveis!”, destacou a parlamentar. Janaína também divulgou uma matéria em que destaca o protesto de alguns sócios do Minas Tênis Clube. O ato ocorreu próximo à Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
Os sócios saíram em defesa de Maurício Souza, criticando o clube pela demissão do atleta. “Não nos sentimos representados por essa decisão sumária, como foi feita. Não entendemos que houve erro ou crime cometido por ele. Nada que justificasse um julgamento ditatorial, onde só existe uma opinião vigente”, afirmou a funcionária pública Cláudia Diniz, segundo o UOL.
Maurício, por sua vez, viu as suas redes sociais ‘explodirem’ de seguidores nas últimas horas. Apenas no Instagram, onde tinha cerca de 200 mil pessoas lhe seguindo, o atleta já acumula mais de 2,1 milhões de internautas, um número gigantesco conquistado em pouquíssimo tempo. O atleta também pretende processar judicialmente quem lhe chamou de “homofóbico”. Veja:
Maurício vai processar a Globo e Andreoli: “Vão ter que arcar com as consequências”