A deputada Janaína Paschoal (PSL-SP) rechaçou neste domingo qualquer possibilidade de se opor ao presidente da República, Jair Bolsonaro, numa eventual disputa polarizada entre esquerda e direita nas eleições presidenciais de 2022.
Apesar de considerar a chance de haver uma “terceira via”, desde que seja “consistente”, a advogada que se tornou ícone nacional pela defesa do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, explicou que será “obrigada” a votar em Bolsonaro caso ele dispute com um adversário de esquerda.
“Amigos, sendo muito sincera com vocês: tenho sérias críticas ao estilo do Presidente, nunca deixei de expressá-las e, por isso, vivo na mira dos Bolsonaristas. Mas eu sei o que é a esquerda e sei como são condescendentes aqueles que se unem à esquerda…”, disse ela.
“Desse modo, por mais que me convidem e até pressionem com diretas e indiretas, não há nenhuma chance de eu participar de frente ampla contra o Presidente. Em 22, se surgir uma terceita via consistente, eu apoio. Se não, como muitos dos que me atacam, serei obrigada a votar nele”, completou a parlamentar.
Janaína então rebateu os que supostamente desejam moldar a sua forma de pensar, argumentando que não vai mudar a sua leitura do contexto político nacional por pressão de partidos e/ou figuras em destaque.
“O problema é que as pessoas querem que eu diga o que elas querem e não o que eu quero. E eu sou o que sou e seguirei agindo conforme a minha própria mente, goste-se ou não. Não vou pedir impeachment de Bolsonaro, por não haver crime de responsabilidade e porque não quero!”, concluiu.
“Pronunciamento impecável”, diz Janaína sobre fala de Bolsonaro em rede nacional