Na era da revolução digital, o número dos meios de comunicação aumentou significativamente, o que favoreceu o surgimento de veículos alternativos como fontes de informação, afetando significativamente empresas do chamado “jornalismo profissional”, como a rede americana CNN.
Isso ocorre, porque, além de hoje ser muito fácil iniciar um canal de comunicação, por exemplo, em plataformas como o YouTube, a diversidade de pessoas engajadas nesse tipo de trabalho também aumentou. Assim, a população já não depende de alguns poucos veículos, podendo obter informações em diversas mídias, sendo a maioria praticante do jornalismo amador.
Com a diversidade de conteúdo alternativo, empresas como a Globo, Folha de S. Paulo e a CNN passaram a ter os seus trabalhos “filtrados” pela opinião pública, e isso graças ao surgimento de outros ângulos da informação. Ou seja, os mesmos fatos narrados de formas diferentes.
Em um país de maioria cristã, o viés progressista adotado em grande parte das mídias foi ficando cada vez mais exposto à medida que os novos veículos alternativos, como a Tribuna de Brasília e muitos outros, passaram a surgir, levando informações ao público por uma perspectiva mais imparcial, ou assumidamente à direita.
O resultado disso é o impacto sobre a audiência do jornalismo profissional, que não por acaso vem sofrendo para conseguir se manter nos tempos atuais. Segundo informações da Revista Oeste, por exemplo, a CNN Brasil demitiu, na quinta-feira 1°, mais de 100 profissionais, incluindo apresentadores, repórteres e analistas.
Ainda segundo a revista, o novo presidente-executivo nacional da CNN Brasil agora vem tentando “reduzir os prejuízos que a emissora vem registrando, por causa da baixa audiência dos programas.”
Nomes de peso no segmento da comunicação, como a jornalista Monalisa Perrone, ex-GloboNews, foi um dos demitidos. Além dos cortados, a CNN Brasil também fechou a sua filial no Rio de Janeiro, em mais uma medida para contenção dos gastos diante da crise de audiência.
Cortes em massa recentes também já ocorreram em outras gigantes do jornalismo profissional, como a Rede Globo, o que demonstra que a crise nos meios de comunicação, frente aos novos tempos, é algo abrangente e não apenas pontual.
Não por acaso, algumas dessas empresas têm apoiado medidas que visam censurar a expansão dos veículos alternativos ou de viés à direita, como a Revista Oeste (entenda aqui), no que parece ser uma tentativa de retomar o monopólio da informação, deixando-o restrito apenas para alguns grupos.
Ocorre que, na era digital, não há outra forma de impedir o crescimento do jornalismo amador, ou conservador, consequentemente a pluralidade da informação, salvo por meio da censura explícita e chancelada pelas autoridades do Estado. Infelizmente, este é o caminho que o Brasil vem trilhando.