Viralizou nas redes sociais um vídeo do radialista brasileiro Marcos Susskin, que estava concedendo uma entrevista ao canal de notícias da internet ICL Notícias, direto de Tel Aviv, em Israel. Na ocasião, o comunicador foi cortado do ar, após criticar ao vivo a bancada de comentaristas da mídia.
“O que está havendo é uma ação terrorista por parte do Hamas. Aliás, eu não entendi por que, ouvindo vocês, a palavra ‘terrorista’ não apareceu nenhuma vez”, iniciou o comunicador, passando a ficar visivelmente indignado.
“Me surpreendeu isso. Falou do Hezbollah e falou do Hamas, e não usou a palavra ‘terrorista’ para dois grupos internacionalmente conhecidos como terroristas, que não respeitam nenhuma lei de guerra“, continuou.
Na sequência, Marcos criticou a acusação de que Israel estaria promovendo o “genocídio” do povo palestino. Apresentando números populacionais, ele comparou o crescimento das populações nas últimas décadas, derrubando a tese levantada pelos comunicadores do canal.
“Não conheci meus avós, infelizmente. Meu pai tinha sete irmãos, eu não os conheci. Foram todos assassinados pela máquina nazista. O povo judeu, antes da Segunda Guerra Mundial, tinha 18 milhões de pessoas. Passados 77 anos… 78 anos do final da guerra, nós ainda somos 15 milhões”, disse ele.
“Até hoje não conseguimos recuperar o número de judeus que existiam no mundo em 1939. Isso é genocídio. O povo palestino saiu de Israel com 750 mil pessoas. Hoje, são 4, 540 milhões. Que genocídio é esse que um povo cresce, em 75 anos, de 750 mil para 4 milhões de pessoas? Isso é genocídio? Vocês usam palavras que são absurdas.”
No meio da sua fala, os jornalistas do canal interromperam Marcos e passaram a sufocar o seu áudio. “Você não conhece o nosso trabalho e a gente vai se despedir“, alegou a apresentadora, cortando em seguida a transmissão. Assista: