Um abaixo-assinado recentemente criado pelo comentarista Caio Coppola vem conseguindo mais assinaturas, assim como o apoio de personalidades. O documento lançado há apenas alguns dias já conta com mais de 2,6 milhões de pessoas.
Com a repercussão da iniciativa, o senador Jorge Kajuro (cidadania-GO) se mostrou animado com a possibilidade de abertura do processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, atuante no Supremo Tribunal Federal (STF).
Karujo comentou sobre o abaixo-assinado, indicando um plano de ação e questionando o por quê da aparente resistência do Senado em acatar o pedido para análise na Casa.
“Agora, a gente apresenta [a ação] para o presidente do Senado. Ele é obrigado a aceitar e manda para a advocacia do Senado Federal. Ela vai autorizar, eu já sei; aí nós vamos até o ministro Luiz Fux [presidente do STF]”, disse o senador em uma entrevista com o jornalista Augusto Nunes.
“Creio que não tem como, desta vez, não colocar no plenário. Que medo é esse de colocar no plenário? Qual é o medo? Vamos enfrentar. Esse ser [Moraes], para mim, é desprezível e vulpino”, completou.
O senador também afirmou que o abaixo-assinado, com sua enorme repercussão e pressão pelas milhões de assinaturas em poucos dias, pode ser o ponto de partida para o primeiro impeachment de um ministro do STF na história do país
Jorge Kajuro também fez questão de chamar atenção para a desenvoltura de Moraes na época em que atuou como secretário de segurança pública do estado de São Paulo (2015), algo que segundo ele “já era motivo de CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]”.
“Depois ele virou ministro da Justiça do Michel Temer. O governo Temer era um caldeirão de corrupção. De repente, esse homem chega ao STF e foi cometendo [um] erro um atrás do outro, especialmente o da arrogância, que é um preço lamentável”, disse Kajuru.
“Os erros dele foram claros, factuais e foi fácil fazer o embasamento juridicamente para pedir o impeachment dele. A população brasileira pode provocar o primeiro impeachment da história do Brasil [no STF]”, completou o senador.