O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira (05) de um evento chamado “Brasil-Alemanha – União Europeia: desafios progressistas – parcerias estratégicas”, realizado pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e pela Fundação Friedrich Ebert (FES). Na ocasião, o líder petista defendeu a legalização do aborto e uma sociedade mais “evoluída”.
Para justificar a sua visão, Lula adotou os mesmos argumentos normalmente utilizados pela esquerda progressista, onde o aborto é retratado como uma questão de “saúde pública”, sendo esta uma questão de “direito reprodutivo”.
“Mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque o aborto é proibido, é ilegal. […]. Quando que a madame pode ir fazer um aborto em Paris, escolher ir pra Berlim”, disse ele, defendendo na sequência que a prática se torne um direito de “todo mundo”.
“Na verdade, [o aborto] deveria ser transformado em uma questão de saúde pública e todo mundo ter direito, e não vergonha”, completou o petista, defendendo também a necessidade da esquerda pautar os temas progressistas no país.
Críticos do aborto, por outro lado, alegam que enxergar a morte de bebês no útero materno, apenas como uma questão de saúde e direito de escolha, significa desvalorizar a vida humana e ignorar que o ser gerado durante a gestação é uma pessoa à parte da mãe, devendo, por isso, ter direitos de proteção.
Para o ex-presidente, contudo, “a sociedade evoluiu muito, os costumes evoluíram muito e precisamos ter coragem para fazer esse debate”, disse ele ao se referir novamente ao aborto e a temas de moralidade.