O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer uma declaração em tom ameaçador contra a liberdade de comunicação no país, ao declarar que se for eleito em 2022 pretende “regulamentar as redes sociais”, assim como “regular a internet”. Ele tocou no assunto ao falar para o grupo Socialista e Democrata do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
“Vamos ter que regulamentar as redes sociais, regular a internet, colocar um parâmetro. Uma coisa é você utilizar os meios de comunicação para informar, educar. Outra coisa é para fazer maldade, para contar mentiras, causar mal à sociedade”, disse Lula na ocasião.
Além de defender a implantação de mecanismos de controle na comunicação online, o líder petista também argumentou em defesa da taxação tributária das plataformas digitais, alegando que essa é uma discussão necessária.
“Você tem o pessoal que são os donos dos aplicativos do mundo todo não pagando imposto, estão quase todos em paraísos fiscais. Ganham uma fortuna e não pagam sequer imposto em nenhum estado. Essa gente tem que ter responsabilidade”, disse ele, segundo informações da Veja.
“A esquerda não tem que ter medo de debater esses temas, por mais difíceis que eles pareçam”, completou. Não é a primeira vez que Lula fala em regulação dos meios digitais. Em agosto desse ano, o petista já havia tocado no assunto, também de forma explícita.
Em agosto, porém, a declaração do petista chamou ainda mais atenção, visto que usou como exemplo as críticas feitas ao regime ditatorial da Venezuela. “Eu vi como a imprensa destruía o Chaves (ex-presidente da Venezuela). Aqui eu vi o que foi feito comigo”, disse ele na época, conforme noticiado pela Tribuna de Brasília.
“Nós vamos ter um compromisso público de que vamos fazer um novo marco regulatório dos meios de comunicação e espero que os senadores e os deputados entendam que isso é necessário para a democracia. Inclusive vamos discutir com a sociedade uma regulação da internet”, completou o petista.