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    Militar da ativa da Marinha diz que ‘Lula não vai subir a rampa’ e PT aciona o STF

    A tensão no país aumenta à medida que se aproxima a diplomação e posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo de presidente da República. Isso, porque, cresce os rumores de que até mesmo militares da ativa das Forças Armadas estão começando a reagir contra a eleição finalizada em 30 de outubro passado.

    Esta semana, por exemplo, surgiu um vídeo onde o militar Ronaldo Ribeiro Travassos, primeiro-sargento da Marinha do Brasil, aparece em uma das manifestações que ocorrem em frente aos quartéis do Exército.

    O militar está lotado no GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) desde 2016, tendo assumido o cargo ainda durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Atualmente a pasta é chefiada pelo general Augusto Heleno, um dos aliados mais fiéis de Jair Bolsonaro (PL).

    Na gravação, Travassos relata: “Aí pessoal, tá lotado. 24 de novembro de 2022, horário do jogo do Brasil, mas o povo não quer nem saber, o povo está aqui lutando pelo Brasil. Eu tenho certeza que o ladrão não sobe a rampa. Agora, você que tá bonitinho em casa, quando seu filho virar boiola ou uma sapatão esquerdista, não reclame.”

    Em outro áudio, dessa vez se referindo ao general Joaquim Brandão, assessor especial de Heleno, o primeiro-sargento reforça a sua análise pessoal sobre o destino de Lula, dizendo acreditar que as manifestações populares irão impedir a sua posse na Presidência da República.

    “O general Brandão me perguntou lá no gabinete: Marujo, o que você acha? Acho não, tenho certeza, o ladrão [em alusão a Lula] não vai subir a rampa. Por que você diz isso? Porque eu confio no povo que tá lá no QG, em todos quartéis Brasil afora, confio nos caminhoneiros e nos índios. Se as Forças Armadas não fizerem nada, nós vamos fazer.”

    PT vai ao STF

    Por causa da manifestação político-partidária do militar da ativa, o Partido dos Trabalhadores (PT) resolveu ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação contra o primeiro-sargento.

    “São ações graves que precisam ser precocemente reprimidas pelos instrumentos legais e constitucionais à disposição da sociedade brasileira, de modo que a ordem prevaleça e o ódio capitule, como deve ocorrer numa sociedade democrática e pluralista”, diz o partido, segundo o UOL.

    Em comunicado, o GSI, por sua vez, explicou que não é sua competência “autorizar servidores para que participem de qualquer tipo de manifestação”, informando ainda que “as supostas declarações demandadas são de responsabilidade do autor em atividade pessoal fora do expediente”.

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