O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se posicionou de forma contrária ao uso obrigatório de máscaras faciais e do “passaporte sanitário”, termo esse que se popularizou ao tratar da vacinação obrigatória contra o novo coronavírus. Para o chefe da pasta que lida com o tema, a imposição dessas medidas além de não ser eficaz, geraria uma “indústria de multas” no país.
“A população brasileira quer se vacinar. Uma das maneiras é a imprensa nos ajudar, informando bem a população. Passaporte não ajuda em nada. Tudo que é imposição, que é lei, o Brasil já tem um regulamento sanitário que é um dos mais avançados do mundo”, afirmou Queiroga na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, estado que anunciou a adoção do passaporte da vacina nos próximos dias.
O ministro completou: “Se você começar a restringir a liberdade das pessoas exigindo passaporte, carimbo, querer impor por lei uso de máscara, para estar multando as pessoas, indústria de multas, nós somos contra isso.”
Na percepção de Queiroga, a conscientização sobre a importância do uso de máscaras, bem como da vacinação, é mais eficaz do que a obrigatoriedade. Ele disse que o Brasil vem demonstrando um bom desempenho há meses, com o número de óbitos caindo e o da vacinação subindo gradualmente.
“Eu uso a máscara porque entendo que é importante, não é porque tem uma lei que se você não usar máscara vai lhe multar”, disse ele.
“Agora no mês de agosto serão distribuídas 80 milhões de doses. No mês de setembro, no mínimo, 60 milhões de doses. No mês de setembro receberemos 50 milhões de doses da vacina Pfizer. Mais de 220 milhões de doses distribuídas à nossa população. Queda de 60% dos casos em dois meses. Queda de 58% dos óbitos em dois meses”, destacou.