O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou instantes atrás que o diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, interrompa “imediatamente” operações da corporação realizadas neste domingo de eleição, envolvendo o suposto uso de transporte público de eleitores.
A decisão de Moraes atende a um pedido da campanha do ex-presidente Lula (PT). Nela, o TSE foi acionado pela coligação, alegando que as operações da PRF estariam sendo em favor do candidato Jair Messias Bolsonaro (PL), a fim de dificultar o voto dos eleitores nordestinos.
De acordo com o G1, “no sábado (29), o TSE já havia determinado que a PRF não fizesse operações no transporte público, para não atrapalhar a votação. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também no sábado pediu explicações para a PRF sobre eventuais operações.”
Agora no domingo, lideranças do PT passaram a divulgar relatos de populares, alegando que blitz da PRF estariam ocorrendo pelo país, a fim de prejudicar o voto dos apoiadores de Lula. Foi com base nessa denúncia que Moraes determinou a suspensão das operações no dia de hoje.
“Oficie-se, com urgência, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal para informar imediatamente sobre as razões pelas quais realizadas operações policiais […] relacionadas ao transporte público de eleitores”, escreveu Moraes.
De acordo com o jornalista Ricardo Noblat, o diretor da PRF poderá ser preso em caso de descumprimento da determinação de Moraes. “ATENÇÃO!!! – O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ameaça prender o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, que ontem, nas redes sociais, recomendou o voto em Bolsonaro”, postou o comunicador em sua rede social.