O senador Sérgio Moro reagiu ao anúncio do governo sobre a volta da cobrança do imposto sobre os combustíveis, algo que havia sido encerrado no governo anterior. Para o ex-ministro da Justiça, a medida atual seria uma tentativa de cobrir o “rombo” fiscal.
“Para controlar a inflação e reduzir os juros, o Governo tem que cortar despesas desnecessárias”, escreveu Moro em seu perfil numa rede social. “Mas o Governo Lula aprovou um rombo de R$ 200 bilhões e 37 Ministérios para os amigos. Agora quer subir os impostos sobre a gasolina, jogando o custo nas costas do consumidor.”
Moro fez referência a aprovação da “PEC do Estouro”, ou “PEC do Roubo”, como foi apelidada pelos críticos a PEC da Transição, que autorizou o governo Lula a utilizar quase 200 bilhões de reais acima do teto de gastos previsto.
Sobre o quadro econômico, o ministro Fernando Haddad (Fazenda), justificou as medidas do governo dizendo que “precisamos recompor as receitas que foram prejudicadas pelo governo anterior ao tentar reverter o quadro das eleições com medidas demagógicas que comprometeram muito a sustentabilidade fiscal do Brasil para 2023”.
Haddad explicou que o “óleo Diesel não será reonerado até o fim do ano, seu preço, portanto, deve cair”, o que significa, em tese, que a cadeia logística de transporte de alimentos não deverá ser afetada (preços nos mercados), assim como o combustível da aviação.
Já os demais combustíveis, o “Etanol terá reoneração de R$ 0,02 e a Gasolina terá reoneração de R$ 0,47/litro. Com a redução de R$ 0,13 pela Petrobras, o cidadão vai sentir o reajuste da gasolina em R$ 0,34”, informou Haddad.