Responsável pela ordem de prisão de Sérgio Cabral em 2016, na época em que atuava como juiz na Vara Federal de Curitiba, no âmbito da Operação Lava-Jato, o senador eleito Sérgio Moro lamentou a decisão formada pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em prol da libertação do ex-governador.
“Sergio Cabral solto, a responsabilidade fiscal abandonada, as estatais ameaçadas pela volta do loteamento político. Vivemos tempos desafiadores nos quais a honestidade parece ter sido banida”, disse Moro em uma publicação feita nas redes sociais.
“Lutaremos no Senado para restabelecer a verdade e a justiça. O seu apoio será fundamental”, completou o ex-juiz da Lava Jato. Cabral, condenado a mais de 400 anos de prisão em ao menos 22 processos, foi beneficiado por uma decisão que acolheu um recurso de habeas corpus apresentado por sua defesa.
“Ao que tudo indica, a manutenção da segregação cautelar do acusado tem servido como antecipação de pena, o que contraria frontalmente a orientação jurisprudencial sedimentada nesta Corte”, escreveu o ministro Gilmar Mendes em seu voto favorável a Cabral.
Além de Gilmar, quem também votou pela soltura de Cabral foi o ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no STF em agosto de 2021. A decisão do magistrado levantou críticas por parte dos apoiadores do governo.