Um dos temas mais polêmicos em tramitação no Congresso Nacional é o “PL das Fake News”, pauta que agora voltou a ser discutida nas redes sociais, após a morte da jovem Jéssica Vitoria Dias Canedo, de apenas 22 anos, que tirou a própria vida após ser vítima de informações falsas.
Jéssica foi vítima de uma fake news espalhada das redes sociais. Um perfil de fofocas com milhões de seguidores, o “Choquei”, compartilhou a informação falsa e está sendo acusado de ter influenciado a morte da jovem.
Nas plataformas digitais, prós e contra o PL das Fake News estão usando a tragédia para discutir os impactos das informações falsas sobre a sociedade. A deputada federal Jandira Feghali, por exemplo, do Partido Comunista do Rio de Janeiro, fez o seguinte comentário:
“Com apoio e pressão das big techs que lucram com discursos de ódio e fake news, parlamentares bolsonaristas impediram que o projeto de lei 2630, que prevê a regulação das redes sociais, avançasse no Congresso este ano”.
“Agora, temos o exemplo mais trágico desta desregulação: uma jovem de 22 anos tirou a própria vida após ser alvo de mentiras maldosas, repercutidas ampla e irresponsavelmente nas redes. Isto não pode mais continuar. A aprovação do PL 2630 é urgentíssima. Minha solidariedade aos familiares desta jovem”, completou a deputada.
Figuras públicas como o ex-coordenador nacional da Lava Jato, Deltan Dallagnol, lembrou que a repercussão da informação falsa sobre Jéssica foi impulsionada por um perfil com milhões de seguidores na web, o “Choquei”, que é tido como de viés esquerdista e já interagiu com a primeira-dama Janja.
A discussão, na prática, demonstra que o problema das fake news não se trata de um espectro político, apenas, como direita ou esquerda, mas de todos, de modo que um eventual Projeto de Lei sobre o tema não pode ser utilizado contra “A” ou “B”.
A grande preocupação dos críticos do PL diz respeito à possível instrumentalização ideológica do mesmo por parte da esquerda, no sentido de querer utilizá-lo para calar o contraditório produzido pela direita conservadora. O senador Sérgio Moro comentou a respeito em uma gravação que vale a pena conferir, assista: