João Doria (PSDB) não tem tido vida fácil no governo paulista, já que deputados estaduais de oposição e a própria população têm marcado de perto cada compra de emergência realizada.
Agora, um inquérito civil do Ministério Público Estadual foi instaurado para apurar compras de US$ 100 milhões (cerca de R$ 582 milhões) por 3 mil respiradores da China. Até o momento, o governo comunista chinês liberou apenas 150 unidades.
Em sua defesa, a administração Doria alega que a empresa chinesa foi escolhida após pesquisa de mercado por apresentar as melhores condições de volume e prazos:
“A aquisição cumpriu as exigências legais e os decretos estadual e nacional de calamidade pública”, disse o governo em nota ao jornal O Estado de S. Paulo.
O valor pago por unidade de respirador é de R$ 194 mil, muito acima do praticado pelo Ministério da Saúde, que comprou o mesmo equipamento produzido no Brasil por menos de R$ 50 mil.
Em Minas Gerais, o governo de Romeu Zema (Novo) gastou R$ 58 mil por unidade. Acuado por denúncias e críticas, Doria criou uma corregedoria extraordinária para acompanhar compras relacionadas à pandemia.