De volta ao Brasil, após um período de férias nos Estados Unidos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi questionada sobre o que acha do risco de prisão envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, após o mesmo ser alvo de investigação por suposta incitação dos atos de 8 de janeiro, em Brasília.
“Não é ele que tem que ter medo de prisão”, disse Michelle ao jornalista Igor Gadelha, enquanto chegava ao Senado Federal na última quarta-feira, a fim de apoiar a candidatura do ex-ministro Rogério Marinho para a presidência do Senado.
Michelle não citou nomes, mas deu a entender que o risco de prisão envolve, de fato, outras figuras públicas. Contudo, declarações feitas de ontem para hoje pelo senador Marcos do Val podem dificultar a defesa do ex-presidente Bolsonaro.
Isso, porque, se comprovadas, elas poderão ser usadas como elemento testemunhal de que Bolsonaro teria, de fato, participado de um suposto plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Como agravante, Do Val disse que o ex-deputado Daniel Silveira lhe propôs implantar uma escuta secreta durante conversa com o ministro Alexandre de Moraes, e isto na presença de Bolsonaro. “Foi o Daniel quem disse tudo”, disse ele. “O ex-presidente estava escutando comigo ao mesmo tempo que o Daniel falava.”
Pelas redes sociais, mas sem citar nomes, o ministro da Justiça Flávio Dino disse que “não haverá impunidade para bandidos que tentaram assassinar a Constituição”.
“Tijolo a tijolo, se evidencia que construíram um edifício golpista e terrorista. Ainda que incompetentes e desvairados, havia ‘profissionais’ dedicados à obra. Alguns já estão presos, outros pedidos virão. Não haverá impunidade para bandidos que tentaram assassinar a Constituição”, afirmou o ministro.